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Domingo, 08 de maio de 2011

Última Modificação: 25/01/2017 16:41:33 | Visualizada 595 vezes


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Retrato da diversidade cultural, geográfica e histórica do país, o projeto Revelando os Brasis promove a inclusão e a formação audiovisual.  

 

Do interior para o mundo: as 40 histórias selecionadas na quarta edição do projeto Revelando os Brasis, escritas por moradores de cidades com até 20.000 habitantes, se transformaram em vídeos digitais de 15 minutos, que serão exibidos em mostras, festivais, escolas, bibliotecas e programas de televisão do país e de várias partes do mundo.  

 

Realizado pelo Instituto de Desenvolvimento Social e Gestão de Produção Cultural, Artística e Audiovisual Marlin Azul, do Espírito Santo, com patrocínio da Petrobras e parceria da Secretaria do Audiovisual do Ministério da Cultura, Revelando os Brasis conta também com a parceria do Canal Futura e o apoio da TV Brasil e da Riofilme.  

 

O projeto permite que os moradores de pequenos municípios brasileiros tenham contato com as novas tecnologias e possam contar suas próprias histórias, promovendo a criação de obras que retratem o universo simbólico da vida nas pequenas cidades e estimulando o interesse pelo audiovisual como instrumento de preservação da cultura local.  

 

Nas três primeiras edições, entre 2004 e 2009, foram realizados 120 vídeos digitais, entre ficções e documentários. “O apoio da companhia viabilizou também o Circuito Nacional de Exibições nas Cidades, que já percorreu muitos ‘brasis’ das pequenas cidades”, comemora Beatriz Lindenberg, coordenadora geral do Revelando os Brasis.  

 

“Em 2010, fizemos as inscrições, a seleção das histórias, as oficinas audiovisuais com os autores, no Rio de Janeiro, e as filmagens dos 40 curtas da quarta edição. Agora estamos em fase de finalização de alguns vídeos. A próxima etapa é o circuito de exibições, previsto para junho e julho, que vai percorrer cerca de 30.000 quilômetros, levando uma tela de cinema, em sessões abertas e gratuitas, para as ruas e praças das cidades onde foram filmadas as histórias e também para as capitais desses estados”, informa  Beatriz.  

 

Revelando talentos  

 

A partir do Concurso Nacional de Histórias do Revelando os Brasis, os interessados enviam textos contando as histórias reais (baseadas em fatos históricos, personagens, tradições populares etc.) ou de ficção que gostariam de transformar em vídeos. A cada edição, 40 histórias são selecionadas, e os autores participam de oficinas preparatórias de roteiro, direção, produção, fotografia, som, edição, direção de arte, direitos autorais, comunicação colaborativa e mobilização.  

 

De volta às suas cidades, os selecionados põem em prática o aprendizado recebido e, com o envolvimento da comunidade, passam a organizar a produção local para a realização do vídeo, a coordenar o trabalho da equipe e dos colaboradores, dirigir e editar o vídeo, que deve ter, no máximo, 15 minutos de duração.  

 

Os curtas do projeto são lançados em DVD com distribuição gratuita para organizações sociais e culturais, bibliotecas, escolas, cursos de cinema, universidades, cinematecas e cineclubes de todo o Brasil. Nas três primeiras edições, em parceria com o Canal Futura, o projeto fez também o programa de TV “Revelando os Brasis”, com episódios de meia hora de duração, incluindo entrevistas com os diretores e exibição dos vídeos. Nesta quarta edição, o programa está em fase de captação de recursos que viabilizem a gravação das entrevistas com os diretores em estúdio, no Rio de Janeiro.  

 

A Petrobras está reunindo o conteúdo audiovisual das etapas desta experiência de inclusão digital – formação, pré-produção, gravação, edição e exibição nas cidades – para a produção de seis programas que serão veiculados na Internet. O material inclui fotos, imagens de entrevistas com o público e os selecionados; equipe técnica e artística, professores, moradores das cidades e platéia das sessões em cidades sem cinema.  

 

‘A galinha ou eu’  

 

A Petrobras acompanhou a filmagem do curta “A galinha ou eu”, de Denízia Moresqui, de Itambé (PR), que teve a participação de Nilma Accioly, de Iguaba Grande (RJ), autora de “Ibiri: tua boca fala por nós”, da terceira edição do projeto, como assistente de direção, e de Ana Johan, de Cruz Machado (PR), autora do curta “De tempos em tempos”, da segunda edição, que, após o projeto, montou uma produtora de vídeos e virou documentarista.  

 

“Esse projeto revela outras caras do Brasil. Dá voz a pessoas das cidades pequenas, que têm pouco acesso aos bens culturais. O vídeo já está pronto. Filmamos em janeiro, com atores da comunidade, e fizemos a edição em fevereiro. Outros moradores de Itambé trabalharam na produção, maquiagem, cabelo, figurinos; todos se envolveram, abraçaram o meu sonho”, alegra-se Denízia, que é professora e chefe da Divisão de Cultura de Itambé.  

 

Agitadora cultural da pequena cidade paranaense, Denízia escreveu “A galinha ou eu” como uma peça de teatro para crianças em 2007. “É um filme infantojuvenil. Gosto muito de crianças e escrevi para os meus alunos essa lembrança de menina, que marcou minha infância livre e feliz, vivida no quintal da minha casa”, conta a professora, que também usa os curtas da primeira edição do Revelando os Brasis nas salas de aula, como o de Nilma Accioly, sobre afrodescendentes, para trabalhar com os alunos matérias como Geografia e História. 

 

Fonte: Revista Petrobras - março/2011

Diretora de “A galinha ou eu”, Denízia Moresqui Crédito: Revista Petrobras - mar?o/2011
Legenda: Diretora de ?A galinha ou eu?, Den?zia Moresqui

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