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Presente de Natal atrasado sai mais barato

Sexta-feira, 04 de janeiro de 2013


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Adiar as compras de Natal para o começo de janeiro pode ser um bom negócio. Além de fugir das filas e aglomerações que se formam nas grandes lojas nas vésperas do feriado, o consumidor pode conseguir preços mais em conta. Nas duas primeiras semanas do ano, as redes varejistas prometem produtos com até 70% de desconto.

A ideia das lojas é limpar o estoque para colocar à venda, depois dos saldões, novos produtos nas prateleiras. “É um bom negócio para o lojista e para o cliente”, acredita o gerente comercial da loja Colombo do Shopping Estação, Rivaldo Galvão Filho.

Ele conta que as vendas em janeiro são até 40% maiores que as de outros meses – excluindo dezembro, claro. “O perfil do comprador mudou nos últimos anos. Algumas vendas do final do ano migraram para o começo do ano seguinte em função destas ofertas”, explica.

Nas redes de supermercados, produtos típicos das festas de final de ano também saem mais baratos até domingo. Espumantes estão até 25% mais baratos e o desconto nos panetones chega a 50%.

Diferença

Os descontos, na maioria das vezes, valem apenas para condições especiais de pagamento e, em geral, ficam bem aquém do máximo de 70% anunciado. Em média, os preços dos eletrônicos e portáteis, principais alvos das promoções, estão de 20% a 30% mais baixos.

O tecelão Mauro Schelles procurou alguns eletrônicos mais em conta para comprar, mas não encontrou. “A diferença nos preços não é tão grande quanto as redes dizem. Tem que procurar muito pra achar algo mais barato”, afirma. Decepcionado, ele só comprou uma bicicleta para a sua filha.

Oportunidade

Mesmo assim, há quem veja nos saldões uma chance de fazer bom negócio. A professora Raíssa Malta explica que, além de conseguir preços mais em conta, adiar as compras para o começo do ano ainda tem a vantagem de fugir do movimento intenso das lojas nas vésperas do Natal. “É o maior transtorno entrar em lojas e shoppings em dezembro, além de pagar uma fortuna pelos produtos”, afirma. Ela comprou um refrigerador por R$ 800, que era vendido a R$ 1,1 mil até o fim do ano.

O gráfico Antônio Marcos de Lima aproveitou para comprar uma televisão para casa. Duas semanas atrás, o produto de 47 polegadas estava a R$ 2,3 mil. Ontem, ele fechou negócio por R$ 1,7 mil. “Para quem sabe procurar, vale a pena”, afirma.

As promoções de até 70% na Casas Bahia, Salfer e Mercadomóveis duram até o final do estoque. Nas lojas Colombo, os descontos só valem até amanhã. No Magazine Luíza, a tradicional “liquidação madrugueira” está marcada para 11 de janeiro.

Balanço
Setor cresceu menos que o esperado

Além de limpar os estoques, os saldões também são o fio de esperança do comércio para salvar as vendas do período de Natal e ano-novo. De acordo com a Associação Comercial do Paraná (ACP), as vendas deste Natal ficaram abaixo das expectativas: sua pesquisa constatou um crescimento de 5% em relação ao mesmo período de 2011, abaixo das expectativas de um aumento de ao menos 9%.

O levantamento da ACP indica que a retração se deu pela destinação do 13.º salário da clientela, que preferiu saldar contas em 34% dos casos e em outros 10%, quitar dívidas antigas. Somente 20% dos entrevistados disseram ter usado o benefício nas compras de fim de ano.

Receosos, os lojistas já haviam contratado menos temporários. A maior parte, 68% não contratou ninguém para o período. Os demais contrataram uma média de três trabalhadores.

Fonte: GAZETA DO POVO

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