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Sexta-feira, 17 de abril de 2015
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O número de transplantes de órgãos feitos no primeiro trimestre de 2015 é o maior registrado desde a criação da Central Estadual de Transplantes, em 1995. Foram 116 procedimentos, mais que os 105 de 2013, até então o maior índice obtido. Em comparação com o mesmo período de 2011, o aumento foi de 137%. O maior destaque é para rim, com 79 transplantes realizados, seguido por 28 de fígado, 5 de coração e 4 de pâncreas.
De acordo com a diretora do Sistema Estadual de Transplantes, Arlene Badoch, o aumento se deve à melhoria na captação e transporte dos órgãos, às constantes capacitações dos profissionais de saúde e ao trabalho desenvolvido pelas Comissões de Procura de Órgãos e Tecidos para Transplantes. “As equipes estão descentralizadas e organizam a logística da procura de doadores na sua região de abrangência”, afirma a diretora.
As comissões atuam na busca ativa de potenciais doadores, trabalhando sempre em parceria com as Comissões Intra-Hospitalares de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante.
De acordo com a diretora, as famílias estão mais seguras para autorizar a doação. “Os integrantes das comissões explicam que o transplante é um processo transparente, gerenciado por órgão estadual, com critérios técnicos e subordinado ao Sistema Nacional de Transplante”, destacou Arlene.
Irene Coelho de Souza fez o transplante de coração em 21 de março deste ano. Ela entrou na fila de transplantes em 2014, por conta de uma insuficiência cardíaca que se agravou. “É muito difícil quando você descobre que precisa de um transplante. Mas eu sabia que era necessário e acreditei que ia dar certo. Hoje estou aqui, há 20 dias e me recuperando muito bem”, disse Irene.
Durante a operação, os médicos constaram que as válvulas cardíacas da paciente ainda poderiam ser usadas para outro transplante. “Foi uma surpresa, fiquei muito feliz em conseguir ajudar outras pessoas”.
FALE SOBRE ISSO – As campanhas feitas pela Central Estadual de Transplantes também ajudam a ampliar os procedimentos. Em setembro de 2014, a Secretaria da Saúde lançou a campanha Fale Sobre Isso.
“Como a doação só ocorre com a autorização dos familiares mais próximos, é essencial que a vontade de se tornar doador de órgãos seja discutida em casa. Somente os parentes poderão autorizar a doação quando ocorrer a morte. Por isso o mote da campanha é Doação de Órgãos – Fale sobre Isso”, explicou Arlene.
A mobilização envolve empresas e instituições parceiras de diversas regiões do Paraná. As ações vão desde inserção da logo da campanha em rótulos de produtos comerciais de grande alcance e visualização até a divulgação em sites e palestras com os funcionários para ampliar a discussão.
O aumento no número de doações mostra que o assunto tem sido mais discutido e que as pessoas estão conscientes da importância de se tornarem doadores de órgãos.
Fonte: AEN - Agência de Notícias